A Polícia Civil de Indaiatuba, interior de São Paulo, abriu uma investigação sobre a possível utilização de inteligência artificial para a criação de imagens pornográficas com os rostos de alunas de uma escola particular da cidade. A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) está à frente do caso, que envolve ao menos 14 adolescentes que procuraram a delegacia para denunciar que foram vítimas das montagens. As jovens têm entre 13 e 18 anos.
O primeiro registro da ocorrência foi realizado em 11 de setembro, quando a mãe de uma aluna se dirigiu à DDM após uma amiga de sua filha descobrir as imagens em um site de conteúdo adulto. De acordo com o boletim de ocorrência, as fotos, que já acumulavam milhares de curtidas, exibiam as estudantes vestindo o uniforme escolar. Os rostos utilizados nas montagens pertenciam a diversas alunas da instituição, de diferentes turmas.
A mãe da adolescente relatou à Polícia Civil que, após as mães das vítimas comentarem em um grupo da escola sobre a intenção de registrar a ocorrência na delegacia, as fotos foram rapidamente removidas do site.
No boletim de ocorrência, três garotos de 14 anos foram identificados como os “possíveis responsáveis pela disponibilização das fotos e montagens”.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou, por meio de nota, que o caso foi registrado como “vender ou expor à venda fotografia, vídeo ou outro registro e simular participação de criança ou adolescente em cena de sexo”. A nota da SSP declara ainda que a autoridade policial já ouviu as vítimas e está realizando diligências para esclarecer todos os fatos, ressaltando que detalhes serão preservados por envolver menores de idade e por se tratar de crime sexual.
Até o momento, a escola particular, localizada no Jardim Dom Bosco, não se manifestou sobre o caso.
Fonte: g1.globo.com

