Na agitada arena política de nossa cidade, os números das pesquisas eleitorais para 2024 vêm desafiando as expectativas e levantando questionamentos intrigantes. Uma das questões que ecoa nas discussões políticas é a aparente incapacidade de uma das formas políticas na cidade, que desfruta de uma aprovação significativa de mais de 70% da população, em transferir seus votos.
Por que, apesar desse alto índice de aprovação, o candidato apoiado por essa força política enfrenta uma queda tão acentuada nas pesquisas, chegando a números de apenas um dígito? Há coisas que nem Freud explica, não é?
Mas é com um olhar feminino e sensível que abordaremos esses eventos, explorando a dinâmica da transferência de votos na política local. A manifestação de transferência de votos não pode ser compreendida apenas através de análises frias de dados, mas requer uma consideração de nuances e fatores que muitas vezes são subestimados.
A transferência de votos, ou a capacidade de um candidato transferir sua popularidade e apoio para outro, é uma questão complexa. No entanto, sob uma perspectiva feminina, é possível argumentar que o apoio a um candidato não deve ser apenas uma questão de alianças políticas, mas também uma questão de empatia, representação e conectividade com a comunidade.
Nossa cidade viu avanços, que tudo bem podemos considerar notáveis, e ações que respondem às necessidades da população, especialmente das mulheres. Sabemos que o eleitorado valoriza candidatos que promovem e executam grandes obras, mas isso não basta.
A queda acentuada nas pesquisas pode sugerir que o candidato apoiado por uma das forças políticas locais não conseguiu conquistar as mulheres eleitoras, que representam uma parte significativa do eleitorado. Sua incapacidade de demonstrar um compromisso real com questões femininas e ouvir as preocupações das mulheres pode ser uma explicação para sua queda de popularidade. Mas também, não acredito que seja só isso. A complexidade desse declínio vai além desse único aspecto.
Diversos fatores negativos podem estar contribuindo para esse cenário, como a rejeição ao continuísmo, problemas na imagem do candidato, uma campanha ineficaz, divergências políticas locais e outros desafios. Enfim, o que podemos afirmar é que este avião não vai decolar.
Podemos dizer que tal queda abre uma janela de oportunidade para uma terceira via na política local? De acordo com as pesquisas, 35% da população não quer apoiar nem um candidato nem outro. Essa insatisfação cria espaço para a emergência de uma opção alternativa.
É importante que essa opção represente a voz da independência, da renovação e da busca por uma política que priorize o bem-estar de todos, entenderam? De todos!
Uma candidatura que atenda às necessidades das mulheres, das minorias e de toda a população, e que abrace uma plataforma que promova a igualdade, a justiça e a sustentabilidade, poderia ser a voz que muitos anseiam. A liderança feminina, com sua perspectiva sensível, pode ser uma força motriz por trás dessa terceira via, clamando pelo renascimento político em nossa cidade. Portanto “meninos” da arena política, atenção em nossas lideranças femininas. Nelas pode estar parte da solução que vocês precisam.
À medida que nos aproximamos das eleições de 2024, a incógnita da transferência de votos e a busca por uma terceira via permanece no centro das atenções. Com um olhar feminino, é hora de refletir sobre o que realmente importa para nossa cidade e escolher líderes que representem nossos valores e aspirações.
Pode ser um jovem, um homem, mas por que não uma mulher? O importante é que aquele ou aquela que se levantar, que se levante para liderar nossa cidade com coragem, integridade e empatia. Afinal, a história nos ensina que a mudança começa quando ousamos dar o grito, não aquele de “Independência ou Morte”, no caso de minha amada Barueri, o grito de liberdade.
Gaby Morais
Referência em Representatividade Feminina. Especialista em Capacitar e Qualificar Mulheres para a Política. Estrategista política especializada em Inteligência Estratégica. Mestre em Marketing Político e Campanhas Eleitorais pela Universidade de Alcalá, na Espanha. MBA em Gestão Pública. Criadora do PodCast Voz da Vez, que debate o olhar mais humano para o futuro através da perspectiva feminina.
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